“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Serra da Canastra - Serras e Águas, Minas Gerais - Brasil outubro 2021

 Saindo de Poços de Caldas levamos quase 5 horas para chegarmos em São Roque de Minas, nossa primeira parada na região do Parque Nacional Serra da Canastra, criado em 1.972 com 71.525 hectares abrange a Serra da Canastra e a Serra das Sete Voltas, com altitudes entre 900 e 1.496 metros, envolvendo três municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis. O maior objetivo da criação do parque é a proteção das nascentes do Rio São Francisco mas a implantação foi complicada pois nessa região havia muitas fazendas que tiveram que ser desapropriadas.

Uma estrada de cerca de 60 km corta o parque que possui 3 entradas, a cidade de São Roque de Minas é a mais próxima, cerca de 8km da Portaria 1. Inicialmente ficaríamos somente em São José do Barreiro mas a distância até qualquer portaria e o fato do parque fechar nas segundas nos fez alterar os planos; chegamos na região em um sábado e só teríamos o domingo para conhecer o parque. Sabíamos que a forma mais tranquila seria contratando um serviço com carro 4x4 já que as estradas são muito acidentadas, ao chegarmos no hotel tivemos a indicação de alguns guias assim como os melhores lugares para comprar o famoso e premiado queijo da Serra da Canastra.

No domingo começamos o passeio logo após o café da manhã, interessante levar água e lanche já que  dura umas 6 horas e não há nenhuma infra estrutura. O acesso à portaria 1 já mostra um relevo bem acidentado com vegetação rasteira 


e muitos pássaros.

Tivemos uma grande sorte, nosso guia motorista possuía grande conhecimento da região e nos mostrou muito da vegetação e da fauna.

Já dentro do parque nossa primeira parada foi nas Nascentes do Rio São Francisco





Aqui predominam vistas amplas e, mais uma vez, demos sorte, encontramos um veado campeiro.


Seguindo chegamos na primeira queda do Rio São Francisco, Cachoeira Casca d'Anta, aqui formam-se piscinas naturais, este é o único lugar com banheiros,




no final o início da queda de 186 metros, a maior do Rio São Francisco.




Ao lado das piscinas há uma trilha e do alto se avista a queda, não fomos até lá. 

A volta é pelo mesmo caminho e encontramos alguns habitantes

carcará

pequena coruja

até que chegamos ao Curral de Pedras, o que sobrou de uma antiga fazenda de uso temporário quando o gado era levado para as partes altas da região.



Ainda poderíamos conhecer outra cachoeira mas estávamos cansados e preferimos retornar ao hotel.

No dia seguinte seguimos para nossa outra pousada na região, fomos contornando o parque por estrada de terra e logo começamos a avistar o imponente paredão da serra


na Pousada Águas de São Francisco tínhamos esta vista


são poucos chalés no meio da mata e com esta vista espetacular



Saímos para explorar a região, era segunda-feira e o parque estava fechado mas sabíamos ser possível avistar a queda da Casca d'Anta, no caminho o paredão está sempre presente



até que chegamos, devido a seca o fluxo de água era baixo.




Seguimos explorando, muitos riachos, pequenas cachoeiras, gado, muitos carcarás




até que a chuva chegou


fomos para a cidade almoçar e retornamos ao hotel para um espetáculo, algumas pequenas cachoeiras apareceram no paredão



e logo ficamos sem luz, sem internet, só nos restou dormir...

A Serra da Canastra é um local único com muita vida e beleza mas as cidades ao redor possuem pouca infra estrutura, a melhor é São Roque de Minas com restaurantes funcionando o dia inteiro, já em São José do Barreiro a oferta é bem limitada, a pousada oferecia jantar mas o período fechado pela pandemia promoveu mudanças porém a vista do paredão, a natureza mais abundante compensou.













Nenhum comentário:

Postar um comentário