“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Granada e Montefrio, Espanha - Portugal e Espanha 2019

Nosso destino era Granada mas não poderia deixar de passar por Montefrio da série "castelos a beira de um abismo" kkkk, aqui são ruínas de uma fortificação árabe e a Igreja da Vila que se destacam sobre o vilarejo.





No caminho para cá sempre as oliveiras nos acompanhando.



Em Montefrio há um mirante de onde se avistam as ruínas e os telhados da cidade assim como a grande cúpula da Igreja da Encarnação.





No mirante há uma "moldura" para se enquadrar a cidade pois a National Geographic considerou Montefrio como um dos dez vilarejos com as melhores vistas do mundo.




mas preferimos esta sem moldura.



Entramos no vilarejo e contornamos o penhasco tendo esta visão,



mais e mais oliveiras



e chegamos em Granada. Em 2.005 estivemos aqui e conhecemos o Alhambra e a catedral, desta vez queríamos rever o Alhambra e explorar o antigo bairro mouro, o Albaicín. Para isso escolhemos um hotel na avenida principal, Gran Via de Collón, bem próximo da catedral e com acesso aos transportes públicos. Check-in feito fomos rever o  centro urbano com a magnífica catedral; desta vez não visitamos seu interior. A Catedral é enorme e fica espremida na praça




Nos arredores belas praças, muito comércio e restaurantes.






Retornamos para a Gran Via e fomos até o seu final, a Plaza Isabel la Católica, com uma estátua da Rainha Isabel e Cristóvão Colombo.



Aqui começa a Rua Reis Católicos que chega na Plaza Nueva com a Igreja de São Gil e Santa Ana, o início do Albaicín.




É ao lado dessa igreja que começa a famosa Carrera del Darro, rua estreita que margeia o Rio Darro com belas pontes e vistas do Alhambra ao alto.













Após esta ponte há uma construção em ruínas e em frente uma parada de um dos micro-ônibus voltados para o turismo, são três: um que percorre o Albaicín (C31) e chega nos mirantes, outro que acrescenta o bairro Sacromonte (C34) e outro que leva ao Allambra (C30).



Pegamos o C31 mas deveríamos ter ido um pouco mais a frente quando a Carrera del Darro passa a chamar Paseo de los Tristes pois daqui avista-se o Alhambra na totalidade, mas em poucos minutos descemos no Mirador San Nicolás e tivemos esta vista.



Era por volta de 17:00 h e o local começava a lotar, além de turistas havia músicos e vendedores.



Após muitas fotos fomos explorar as redondezas onde fica uma mesquita, aberta ao público, com um terraço que possui as mesmas vistas do mirante, porém menos concorrido.







Por fim para encerrar a sessão "vistas do Alhambra" entramos num bar-restaurante para esperar o pôr do sol, foi um final de tarde incrível.











Daqui retornamos a pé e jantamos num dos inúmeros bar de tapas da Calle Elvira, bem próxima da Catedral.


O dia seguinte era para revisitar o Alhambra, importante lembrar que é aconselhável comprar os tickets com antecedência pois há um número máximo de visitantes por dia, compramos pelo site oficial do Alhambra https://tickets.alhambra-patronato.es/ e imprimimos os tickets que enviaram por e-mail. Usamos novamente o micro-ônibus, C30, mas o trajeto foi bem demorado pois o caminho é por ruas estreitas e algumas se encontravam em obras, então vá com antecedência pois na reserva é necessário escolher o horário para entrar nos Palácios Nazaríes, sendo livre o horário para visitar a Alcazaba e o Generalife.

Após a entrada passamos por lindos jardins






de onde víamos a cidade,



até que entramos no recinto amuralhado



onde ficam as ruínas da antiga medina e a Puerta de los Siete Suelos





e logo chegamos no Parador de São Francisco com belos jardins,





ao lado está a Igreja de Santa Maria de la Alhambra



e então chegamos a uma praça onde ficam o Palácio de Carlos V, os Palácios Nazaríes e a entrada para a Alcazaba, e foi para esta última que fomos. Passamos pela Puerta del Vino


e chegamos numa grande e agitada praça, Placeta de los Aljibes, geralmente cheia de gatos e com lindas vistas.







A Alcazaba é uma fortaleza, a parte mais antiga de todo o complexo e foi a residência dos califas antes dos palácios ficarem prontos, depois só teve utilidade militar. Ficou muito tempo abandonada e sua restauração começou a partir do séc. XIX, hoje encontram-se muralhas, torres de vigia, ruínas e vistas magníficas de toda a cidade. Em 2005 esta foi a parte que visitamos mais rápido pois foi a última e estávamos cansados, desta vez foi a primeira.












Albaicín visto da Alcazaba
em detalhe o Mirante de San Nicolas visto da Alcazaba
Retornamos para a praça para esperar a hora de entrar nos Palácios Nazaríes, há pontualidade e compromisso com os turistas.

Palácio Carlos V na praça que abriga uma coleção de arte
A entrada nos Palácios Nazaríes se faz pelo Pátio de Machuca



depois fica a Sala de Mexuar onde o sultão recebia as petições e se aconselhava com seus ministros


seguido pelo Pátio de los Arrayanes com um tanque que reflete as estruturas ao redor que são


Sala de la Barca



Salon de Embajadores com o teto que representa os sete céus do Islam







aí passamos pela Sala de los Mocárabes para acessar o famoso Pátio de los Leones, muito lindo...






Ao redor dos pátios dos leões fica a Sala de los Abencerrajes com um teto em motivo geométrico,



e a Sala de los Reyes usada para recepções e festas apresenta pinturas sobre o couro com cenas de caça.





e a Sala de las dos Hermanas



Depois vimos a Sala de los Ajimeces com balcões gêmeos




detalhe do friso
com vistas para um jardim



seguido pelos Jardins de Lindaraja



para chegarmos na parte final



de onde já avistávamos o Generalife



e chegarmos no Palácio del Pórtico, o edifício mais antigo do Alhambra






sempre com vistas da cidade



e por último os Jardins del Partal










Os jardins continuam ao lado das muralhas





tendo ao fundo, mas bem distante, o Generalife e o Passeio de Ciprestes



Não lembro de nossa visita aos Palácios Nazaríes em 2.005 terminar neste jardim tão grande mas no final estávamos esgotados e não tivemos coragem, ou pernas, para irmos até o Generalife que foi o Palácio de Verão dos sultões e seu nome significa Jardins do Alto Paraíso.

Ainda tínhamos um bom caminho pela frente e mesmo cansados saímos perto da praça do Palácio Carlos V, que é o acesso para pedestres, ainda bem que era uma descida...Passamos pela Porta da Justiça


e logo abaixo fica  o Pilar de Carlos V



continuamos descendo até que finalmente chegamos na Puerta de las Granadas


e estávamos ao lado da Plaza Nueva.

Independente dos detalhes é importante frisar a perfeita utilização do espaço, da água, luz e decoração na construção do Alhambra. Os califas queriam construir um paraíso na terra e mesmo com a utilização de materiais baratos como gesso, madeira e azulejos fizeram um trabalho memorável, mesmo após os palácios terem sofrido pilhagens e destruições.

Terminamos o nosso dia em Granada em um dos restaurantes próximos à Carrera del Darro, um ambiente bem romântico ao som de violino.






































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