“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Juromenha, Alandroal, Vila Viçosa, Elvas e Estremoz, Portugal - Portugal e Espanha 2019

Começamos este dia percorrendo quase 60 km numa área rural só para conhecer Juromenha, pequena cidade portuguesa chamada de Sentinela do Rio Guadiana e que tem somente o rio  separando Portugal da Espanha. Essa posição fez com que fosse ocupada por romanos, depois por árabes, retornando à Portugal em 1.191, nessa época foi construída uma fortaleza e durante a Guerra da Restauração outra  que se somou à primeira. Uma explosão no paiol e depois um terremoto fez com que a fortaleza ficasse em ruínas e é assim que ela se encontra hoje, inclusive com algumas áreas fechadas por risco de queda, mas foi a grandiosidade dessa construção que nos levou até lá.







Fomos até ela















Daqui retornamos uma parte do caminho e entramos em Alandroal, uma pequena e bela cidade com um castelo bem central construído em 1.298 pelos Cavaleiros de Avis. Hoje só restam as muralhas e algumas torres e no seu interior fica a Igreja Matriz do séc. XVI.











A próxima parada foi numa cidade de maior importância histórica, Vila Viçosa, pois foi ela que os Duques de Bragança escolheram para sua residência de campo no séc. XV construindo o Palácio Ducal. Quando o oitavo duque se tornou o rei D. João IV tudo foi ampliado e melhorado e é este passado que encontramos pelas suas ruas. O edifício mais importante é o Paço Ducal com uma longa fachada de 110 metros de frente para uma praça onde se encontra a estátua equestre do rei D. João IV.



Do outro lado da praça está a Igreja dos Agostinhos com o túmulo de alguns duques, a maioria se encontra sepultada em Lisboa.



No canto esquerdo do palácio fica o Convento das Chagas que abriga os túmulos das esposas dos duques e que hoje faz parte da rede Pousadas de Portugal. Na outra lateral está a Porta do Nó, por onde ocorre a entrada dos visitantes, um portão de mármore e xisto com os nós que simbolizam a casa Bragança.



Não muito longe fica o castelo que foi residência dos duques de Bragança até 1.461, ou seja, até o palácio ficar pronto.





Pelo nosso roteiro daqui iríamos para Estremoz onde dormiríamos mas ainda era cedo e aproveitamos para adiantar uma cidade do dia seguinte, a grande e importante Elvas. Em 2005 fizemos uma viagem por Portugal e Espanha e passamos rapidamente por ela, merecia uma visita melhor; aliás foi nessa viagem que conhecemos a mais importante cidade do Alentejo, Évora.

Elvas, também uma antiga cidade moura, foi libertada em 1.230 mas passou os próximos 600 anos sendo disputada por Portugal e Espanha já que se encontra a apenas 12 km da fronteira. Decorrente de sua posição possui muitas fortificações além de um castelo mouro dentro de suas muralhas. A cidade é envolvida por 8 a 10 km de muralhas fortificadas que transformam a cidade num quartel, sendo um exemplo da arquitetura militar holandesa. Possui, além disso, dois fortes, o de Santa Luzia e o da Graça.



A entrada na cidade é incrível





pelas suas ruas encontramos a Igreja Nossa Senhora da Assunção, antiga catedral da cidade,



ainda mais para o alto encontra-se o Castelo



cujo maior atrativo são as vistas

Forte da Graça no topo da colina
Saindo da parte fortificada encontra-se, para nós, o mais belo monumento de Elvas, o Aqueduto da Amoreira, construção iniciada em 1.498 que só acabou em 1.622 com 843 arcos com até 5 fileiras e seu ponto mais alto está acima dos 30 metros de altura.










Daqui fomos ao Forte da Graça, atual posto militar da cidade, o mais alto e, por isso, com as melhores vistas. No caminho já se avista parte das muralhas e o castelo



mas é do alto que se tem uma visão total da cidade



aqueduto e muralhas
cidade e castelo
cidade, castelo e Forte de Santa Luzia à esquerda
Por fim nos dirigimos a Estremoz que me encantou com sua Pousada Castelo. A cidade fica no topo de uma colina e possui dois conjuntos de muralhas, uma que envolve a cidade baixa, a mais moderna, e outra que envolve o castelo no topo da colina, a medieval cidade alta.

Entramos na cidade baixa por este portão



passamos pela praça principal com o Pelourinho



e nos dirigimos para a cidade alta onde ficam o castelo e o palácio construídos pela devota Rainha Isabel.

Porta do Sol
Após o Arco de Santarém há uma linda praça onde se encontra a Torre das Três Coroas, uma torre do séc. XIII com 27 metros de altura, toda construída em mármore, aliás esta região é muito rica em mármore, vimos muitas áreas onde as pedras se acumulavam.

Arco de Santarém
Torre das Três Coroas
Ao lado da torre fica a entrada da pousada e em frente está a estátua da Rainha Isabel.



Por toda a volta vistas magníficas da cidade e da região.





Além de algumas casas ainda encontramos na praça uma capela, uma igreja e a Galeria D. Dinis.

Galeria D. Dinis
Atrás da galeria uma antiga cadeia, cadeia quinhentista, hoje é um bar restaurante com vários ambientes.

terraço da Cadeia Quinhentista
A pousada tem ambientes históricos e bem decorados









E o nosso jantar foi maravilhoso.








Nenhum comentário:

Postar um comentário