“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Sighisoara, Romênia - Grécia e Romênia 2018

O charme de Sighisoara é seu pequeno centro histórico, o de maior apelo medieval do país, formado por muralhas e torres do séc. XIV construídas pelos saxões, fazendo parte das sete cidadelas muradas desse período. Esse maior charme é visível de longe, torres de vários formatos se sobressaem no alto entre as muralhas.



























O interior do centro histórico mantém seu traçado medieval porém suas casas coloridas que antes abrigavam um serviço na parte inferior e uma habitação para o seu dono na superior hoje apresentam restaurantes e lojas na parte inferior e hotel na superior.

Piata Cetatii (principal praça do centro antigo)



Havíamos lido que era possível chegar ao centro com o carro pagando uma taxa numa cancela mas hoje isso não existe mais, a subida é feita a pé ou por um trenzinho turístico e próximo a esta entrada há um estacionamento e banheiro. Entramos pela Strada Zidul Cetatii e logo chegamos a esta torre, a Torre dos Alfaiates, entrando no centro histórico.


Mas a entrada mais importante é pela Torre do Relógio, construída em 1.280 possui 64 metros de altura e paredes de até 2, 35 metros de espessura. Já abrigou a Câmara Municipal e hoje abriga um pequeno museu mas o melhor são as vistas do alto de toda a cidadela e região. Ao lado do relógio imagens de madeira giram a cada hora.






Daqui avistamos a praça onde ficava o nosso hotel, de frente para o rio e a Igreja Ortodoxa e de costas para a cidadela.







Continuamos explorando a cidadela e para onde olhávamos víamos subidas íngremes e torres, afinal ainda restam 9 das 14 torres iniciais.


Da praça principal, Piata Cetatti, sai à esquerda a Scholar Stairs, uma escada coberta com 172 degraus que leva ao ponto mais alto da cidade onde fica a Igreja da Colina, mas não tivemos coragem de encará-la.


Muito próximo à Torre do Relógio fica a Igreja do Mosteiro Dominicano, uma igreja luterana que fazia parte de um grande complexo do qual só restou ela.



O restante da área está ocupada pela prefeitura.



Por último Sighisoara tem mais um grande atrativo, foi aqui que nasceu o Conde Vlad Tepes, e a casa onde morou está preservada e foi transformada num restaurante. Já que o Conde é uma figura sempre presente no país aqui vai a sua história real:

O príncipe Vlad Tepes (Vlad III) nasceu em 1.431, época em que o país estava sendo disputado entre cristãos e muçulmanos (Turquia); seu pai, Vlad II, era membro da Ordem do Dragão, sociedade cristã romana, e era chamado de Dracul (dragão), por isso seu filho passou a ser chamado de Draculea (filho do dragão); porém Dracul também significa "diabo" que passou a ser usado para o Conde Vlad III pela crueldade com que tratava qualquer pessoa e pela perversidade com que matava seus inimigos, pelo empalamento. Acredita-se que essa história tenha inspirado, muitos anos depois, Bram Stoker, a escrever "Drácula", o mais famoso vampiro da literatura. Bram Stoker, que nunca esteve na Romênia, utilizou o Castelo de Bran ( será pela semelhança do nome??) como residência do vampiro mas o Conde passou somente alguns dias por lá o que não impede o castelo de ter ficado conhecido como o Castelo do Drácula.





O restaurante estava fechado mas entramos para ver o quarto mesmo sabendo que seria mais uma brincadeira



mas um quadro retratava o que dizem ter sido a realidade, o prazer do Conde ao impor sua punição preferida aos inimigos, o empalamento.



Por último demos uma volta na base da colina onde Sighisoara fica.



Uma bela e agradável cidade, a que mais nos encantou.

























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