“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Dinard, Cancale e Saint-Malo, França - França e Espanha 2017

Dinard é uma cidade litorânea, faz parte da Costa de Esmeralda, é um balneário chique com mansões de pedra. Sua praia principal é bem tranquila pois é uma enseada tendo um forte em frente.








Mas o mais gostoso é percorrer suas ruas encontrando outras praias, há um caminho para pedestres contornando a orla, de alguns lugares se vê Saint-Malo.








Daqui fomos para Cancale, famosa pelos viveiros de ostras, fala-se que elas são mais saborosas em decorrência da força das marés. São vários restaurantes na avenida à beira mar mas próximo aos viveiros há algumas barracas que vendem as ostras, quanto maior o peso menor o número e os vendedores orientam para que se jogue as conchas para a praia, pura diversão para as gaivotas.













Daqui fomos para Pointe du Grouin, um bela caminhada com lindas vistas do mar, das pedras e até do Monte Saint Michel ao longe, mesmo com o dia mudando, tornando-se nublado.













Mont Saint-Michel bem pequeno ao fundo
Daqui fomos para Saint-Malo mas antes de entrarmos na cidade propriamente dita fomos para La Cité e aí a chuva começou a cair mas mesmo assim encaramos uma bela subida, lá embaixo estava assim



mas subimos para ver as defesas alemãs fortemente atacadas pelos aliados.






Na parte baixa a Tour Solidor, uma antiga prisão de 1.382.



Finalmente fomos para Saint-Malo, cidade fortificada que ficou rica e famosa pelos feitos de seus corsários, piratas patrocinados pelo governo. Curiosidade: corsários saídos daqui fundaram Quebec no Canadá e chegaram ao Brasil saqueando o Rio de Janeiro em 1.711. Saint-Malo também foi duramente bombardeada na II Guerra Mundial mas foi restaurada e hoje é um balneário além de um terminal de ferryboat.

Seu centro antigo é rodeado por muralhas onde se destaca a entrada principal, La Grande Porte.



Indo para a direita está Porte de Saint-Vicent



e o Château de la Duchesse Anne



logo depois a prefeitura.


A partir daqui começamos a caminhar pelas muralhas, sob chuva... vimos o Fort National de 1.689 que pode ser alcançado a pé durante a maré baixa, que era o caso.



Mais a frente as ilhas Le Grand Bé e Petit Bé



Ainda fomos um pouco mais a frente mas a chuva ficava cada vez mais forte e a maré estava bem baixa, o mar estava bem longe






por fim desistimos e fomos para a cidade. Entramos num bar cujo dono morou no Rio de Janeiro por alguns anos, decorado com bonecas de vários lugares do mundo e uma referência ao Brasil, lugar muito louco...Le Café du Coin





A cidade é formada por ruas estreitas calçadas por pedras.






Saint-Malo era um dos pontos altos da viagem e estávamos frustrados pela chuva justo quando estávamos nas muralhas mas fomos amplamente recompensados com um final de tarde maravilhoso, nunca vimos nada igual, um pôr do sol inacreditável, as fotos vão mostrar mais do que as minhas palavras.

Começou discreto






Reparem que a água já chegava nas muralhas








O céu, o mar, o sol foram ganhando cores diferentes...


































Não sei quanto tempo passamos lá, encantados, curtindo o momento, tirando muitas e muitas fotos. Essas fotos estão colocadas em ordem no tempo em que foram batidas e é interessante observar que fotos batidas mais tarde às vezes tem mais claridade que as batidas mais cedo. Momento único, marcante na viagem.




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