Saímos de Trogir e em menos de uma hora estávamos em Split aí a grande dificuldade é encontrar uma vaga num estacionamento próximo ao centro antigo. Gostamos muito das formas alternativas de acesso à várias cidades da Ístria e mesmo nas do litoral da Eslovênia mas aqui não encontramos tal facilidade, os estacionamentos próximos lotam rapidamente e há vários carros rodando entre eles a procura de uma vaga. O primeiro que fomos estava lotado e no segundo, o mais próximo do centro antigo, assim que entramos vimos um carro saindo, pura sorte...ainda bem.
Na foto abaixo Split vista do alto.
A cidade, inicialmente um pequeno povoado, foi transformada quando o imperador romano Diocleciano resolveu construir aqui o seu palácio por volta do ano 300 d.C. Diocleciano era croata, nasceu em Salona uma cidade próxima de Split e governou o Império Romano por 20 anos, após esse período mudou-se para o palácio que construíra a beira do mar. Hoje esse palácio é o maior atrativo da cidade e um dos maiores e mais bem preservados da história romana.
Se não estávamos muito entusiasmados com a cidade tudo mudou ao entrarmos no palácio, no formato de um retângulo, reforçado por torres, possui duas ruas principais, o Cardo e o Decumanus, e quatro portões. O lado voltado para o mar é formado por uma galeria com arcos e foi por aqui que entramos, passamos o Portão de Latão e encontramos antigos porões subterrâneos hoje ocupados por lojas.
No final chega-se ao Peristilo, praça onde Cardo e Decumanus se encontram; uma área sagrada tendo o Templo de Vênus e Cibele de um lado, o Mausoléu, hoje a Catedral, do outro lado e mais distante o Templo de Júpiter, hoje o Batistério de São João; maravilhoso...
Catedral à esquerda e em frente a saída dos subterrâneos |
Catedral de São Dônio |
O Campanário é uma construção posterior, entre os séc. XII e XVI.
Daqui fomos para o Templo de Júpiter onde fica a pia batismal e a estátua de São João.
Saímos pelo Portão de Prata
contornamos o Palácio e chegamos a uma praça onde ficam o Portão de Ouro, era a principal entrada para o palácio, e a incrível estátua de Gregorius of Nin, um importante bispo do séc. X que brigou com o Papa pois queria que os serviços religiosos fossem realizados na língua local e não em latim.
Retornamos ao palácio, agora em direção ao Portão de Ferro que do lado externo tem ao lado a Torre do Relógio do séc. XII.
Do outro lado está a Praça do Povo onde fica a Prefeitura.
Um pouco mais abaixo está a Praça Brace Radic onde fica a Torre Marina, o que restou de um castelo veneziano construído no séc. XV. Em frente a ela a estátua de Marko Marulic, fundador da literatura croata.
A beleza desse palácio compensa qualquer dificuldade para chegar até ele.
Antes de retornamos a Trogir fomos conhecer a Fortaleza de Klis, construída pelos romanos com três muralhas concêntricas, reforçada pelos venezianos que a perderam para os turcos que aqui construíram uma mesquita e um minarete, posteriormente foi ocupada pelos austríacos que destruíram o minarete e transformaram a mesquita em igreja. É avistada de longe pela sua grandiosidade e localização usando o ponto mais alto de um penhasco, suas muralhas se confundem com a rocha.
Há um estacionamento na parte baixa de onde conseguimos vê-la melhor.
Daqui avista-se Split, o mar e parte da região.
Uma curiosidade, a fortaleza foi um dos locais de filmagem da série Game of Thrones, uma entre muitas do país.
Chegamos a passar por Salona com uma grande área de ruínas romanas mas não nos animamos a andar por lá.
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