Ano passado comemoramos o aniversário do Carlos em uma praia, a de Jurerê em Florianópolis, como adoramos a experiência resolvemos repetir a dose e a praia escolhida foi a de Jericoacoara no Ceará. A escolha foi baseada na beleza da praia, em ter um hotel pé na areia e proximidade com um centrinho agradável com uma boa oferta de restaurantes.
Um transfer do próprio hotel nos levou até lá mas foram mais horas de carro do que de avião, em estradas nem sempre tão boas e após passarmos por Jijoca, distrito ao qual a praia está anexada, entramos na área de proteção ambiental e por cerca de meia hora atravessamos várias dunas onde vimos alguns jegues selvagens.
O hotel escolhido, My Blue, mesmo sendo um dos mais antigos é muito agradável com uma decoração simples mas satisfatória, muita área verde, restaurante e bar de frente para a praia, boas piscinas e jacuzzis.
Escolhemos um quarto com vista para o mar mas essa vista é mínima, apesar disso é um quarto de bom tamanho com duas varandas.
Há uma família de iguanas que ficam espalhadas pelas árvores do hotel
À frente do hotel muitos coqueiros
O mar fica um pouco distante e em determinados horários do dia essa distância fica ainda maior.
Muito perto à esquerda um dos cartões postais, a Duna do Pôr do Sol, de frente para o mar, daqui pode-se admirar o pôr do sol mas não tivemos essa sorte pois os dias terminaram nublados.
Do seu topo avistam-se outras dunas, trechos de vegetação e o belo mar.
Para as crianças é pura diversão
Para alguns adultos lugar de meditação
e também para alguns dos inúmeros cães que circulam pela praia.
Sem dúvida um dos lugares mais bonitos que conhecemos nesta viagem.
No lado oposto que levaria ao outro cartão postal, a Pedra Furada, encontram-se muitas pedras e só é possível chegar até ela em maré baixa, um trajeto difícil e cansativo.
Por aqui também encontramos outros assíduos frequentadores da praia, cavalos, estes estavam sozinhos mas há outros sendo utilizados para passeios ficando na frente dos hotéis e tendo suas fezes cobertas pela areia....
Adoro animais mas nas praias, com suas fezes espalhadas na areia, podem transmitir doenças, eu mesma fui vítima da larva migrans na infância. Além dos cavalos há vários cães que dormem na areia, entram na água, e, curiosamente, não se aproximam das pessoas, diferente dos gatos, também abundantes, mas encontrados no centro e próximos aos restaurantes.
O centrinho é basicamente formado por duas ruas, a Principal onde ficam algumas lojas, agências de turismo e restaurantes e a do Forró com muitos restaurantes. No final de semana o movimento entre os bares com música ao vivo e restaurantes é intenso. Não há asfalto, tudo é areia.
Além de um passeio muito agradável a oferta gastronômica é muito boa, há vários restaurantes com prato principal a base de peixe e frutos do mar mas também há pizzas e churrasco, a qualidade dos pratos servidos foi para nós uma grata surpresa.
A cidade oferece dois passeios principais, um para o litoral oeste visitando um delta com cavalos marinhos, uma vila soterrada pelas dunas e uma lagoa e o outro, mais famoso, pelo litoral leste indo até a pedra furada, árvore da preguiça, praia do preá e terminando na famosa Lagoa do Paraíso. Como esses locais ficam lotados no final de semana reservamos a segunda-feira para conhecer o Litoral Leste já que a foto das redes no meio da lagoa é a mais associada a Jericoacora mas o dia amanheceu chuvoso, muito nublado e acabamos por desistir.
Ficamos 4 dias na vila, o tempo não ajudou muito mas desfrutamos de uma hospedagem excelente, ótimo atendimento e refeições maravilhosas. O centrinho nos agradou bastante, era muito agradável passear a noite. Gostamos da presença de iguanas, pererecas e até sapos pelo hotel mas os cães e cavalos pela praia nos chateou e preocupou. Para planejar uma viagem até aqui tem que se levar em conta a distância de Fortaleza, 300 km, cerca de 4h30, perdemos um dia para ir e outro para voltar a um custo de R$1.000,00.
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink
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