“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Toscana III - Itália 2015


Ficamos tão decepcionados por termos passado nas lindas paisagens da Toscana quando chovia que resolvemos passar novamente por lá já que a segunda começava como o domingo, sol e céu azul; não nos arrependemos, as paisagens são deslumbrantes.





Pudemos ver Pienza e Montecchiello novamente



Vimos até uma via toda de ciprestes, elas me encantam e me fazem lembrar do filme "O Gladiador"





Mas o nosso destino nesse dia eram os "burgos de tufo": Sorano, Sovana e Pitigliano, essas cidades foram construídas sobre o tufo, rocha formada pela solidificação do magma.

Sorano é a mais antiga das "vilas de tufo" e sua atração principal é uma antiga fortaleza (Rocca Vecchia) onde fica a torre do relógio. A cidade muitas vezes descrita como sombria e abandonada nos mostrou um outro lado, talvez pelo sol que incidia direto sobre ela, a ponto de vermos um morador a aproveitá-lo, a achamos encantadora.




Não entramos nesta área proibida para os carros fomos para a parte mais alta onde fica outra fortaleza, Fortaleza Orsini.



Quando chegamos a cidade avistamos a sua parte mais antiga escavada no tofu e ao sairmos em direção a Sovana pudemos vê-la por inteiro, belíssima.



Essa região foi ocupada inicialmente pelos etruscos e aqui encontram-se necrópoles e tumbas escavadas no tufo, no caminho para Sorana já vimos algumas dessas escavações.


Sovana é praticamente uma única rua tendo uma antiga fortaleza numa ponta e o Duomo na outra. No centro, na Piazza del Pretorio, fica a Igreja de Santa Maria. A cidade é bem cuidada e florida, um encanto.






Próximo a ela fica o Parque Arqueológico com a Necrópole Etrusca cuja atração principal é a Tumba Ildebranda, não chegamos a entrar e fomos para a nossa última cidade na Toscana, a impressionante Pitigliano.

Das três cidades Pitigliano é que mais chama a atenção pois suas casas e o penhasco onde foi construída estão tão interligados que parecem um só.






No acesso até ela, cheio de curvas, podemos ver o vale Lente.





Chama a atenção na sua fachada o aqueduto construído em 1545 formado por 2 arcos maiores e 13 menores, é ele que leva água para o Palazzo Orsini, antiga fortaleza que hoje abriga o Museu Zucarelli.

aqueduto e Palazzo Orsini ao fundo


Após estacionarmos o carro entramos pela porta da cidade, passamos pelo aqueduto e chegamos na praça principal de onde se vê o vale e o Palazzo.











Daqui saem várias vielas passando pelo Duomo, do qual avistamos a torre, e descendo em direção ao vale. É nelas que a história das ocupações etrusca, romana e medieval aparecem mas são os túneis construídos pelos etruscos que mais surpreendem, são vários sendo que um leva até Sovana e tem oito kilômetros de extensão, incrível!!!!

A cidade foi refúgio para judeus que fugiam da perseguição cristã e hoje ainda existe o gueto judeu e sua sinagoga. Por isso e pela semelhança panorâmica, Pitigliano também é chamada de "Pequena Jerusalém".

Saindo da cidade pela Strada Statale Maremmana chegamos ao Santuário Madonna delle Grazie, daqui tem-se vistas maravilhosas de Pitigliano.

























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