“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Toscana II - Itália 2015

Após um dia inteiro chuvoso fomos agraciados com um lindo domingo de sol e este foi o nosso "bom dia" diretamente de Siena.



Por duas vezes já estivemos em Siena e só queríamos nos perder por suas ruas e nos encantarmos mais e mais uma vez com sua belíssima Piazza del Campo onde ficam o Palazzo Pubblico (prefeitura), com a espetacular Torre del Mangia com 102 metros de altura e com 505 degraus, e a Fonte Gaia ainda hoje abastecida por um aqueduto de 500 anos atrás.











No dia anterior tínhamos ido até o Duomo, uma das maiores catedrais da Itália, com uma fachada lotada de detalhes e uma bela mistura de mármore branco, rosa e preto. Impossível fotografá-la por inteiro ainda mais com muitos turistas e seus guarda-chuvas...




A intenção era visitar seu interior mas a fila era imensa e desistimos.

Entre os dois fica a Loggia della Mercanzia, construída em 1417 para o comércio.



Não posso deixar de citar a "pícola" pizza vendida por lá...


Saindo de Siena fomos para Monteriggione, construída em 1203 atuava como um posto militar protegendo a fronteira norte de Siena dos ataques de Florença. Essa joia medieval é praticamente formada por uma praça e uma rua que vai de uma porta a outra de suas altas muralhas com 14 torres.



Entramos pela Porta Roma e já chegamos na Piazza Roma com sua igreja e casas antes dos nobres e que hoje são lojas, bares e restaurantes.



Além de ser um domingo de sol ainda aconteciam alguns eventos e a cidade já recebia muitos visitantes.







Seguindo chegamos na outra porta medieval, a Porta Fiorentina, com lindas vistas da região.










Curiosidade histórica: esta cidade é citada por Dante Alighieri em "A Divina Comédia" representando parte do inferno.

Curiosidade do dia: enfrentamos um congestionamento ao sair da cidade, os carros não paravam de chegar e uma van trouxe dois asnos que na entrada da cidade impediam a circulação dos carros, foi uma situação curiosa e única, tivemos que rodear toda a muralha para então sairmos.



Próxima parada San Gimignano passando por Staggia e seu castelo quase dentro da cidade.




No caminho já avistávamos as famosas torres de San Gimignano, mesmo já conhecendo a cidade gostaríamos de vê-la novamente mas foi impossível achar um lugar para estacionar o carro, havia filas na entrada dos estacionamentos, e também ocorria uma prova para pedestres. No dia anterior nossas visitas foram prejudicadas pela chuva e neste  pelo lindo dia de sol.





Passamos por Cole di Val di Elsa para admirar a Porta Nova.





A cidade é bem longa e construída no alto, passamos por ela e fomos para Chiusdino.






Nosso interesse em Chiusdino era conhecer a Abadia de São Galgano, ficamos apaixonados por abadias em ruínas depois que visitamos a Grã-Bretanha e esta ainda tem alguns atrativos a mais.
A sua história começa com o rei Galgano que renunciou aos bens materiais para se dedicar a Deus, como afirmação dessa decisão resolveu quebrar sua espada contra uma pedra mas esta a engoliu. Nesse local construiu uma pequena cabana onde se tornou um eremita e aqui morreu. Hoje neste lugar existe uma capela, a Capela de Montesiepi e a espada na pedra encontra-se protegida.




Após a sua morte (1181) foi declarado santo pelo Papa Urbano III e em 1218 começou a construção da abadia pelos monges cirtercienses logo abaixo da colina. A Abadia de São Galgano teve seu apogeu mas administrada de forma corrupta acabou por entrar em declínio no séc. XIV, posteriormente foi saqueada e em 1652 foi dissolvida, hoje restam suas paredes e pedaços da nave. O caminho até ela, ladeado por ciprestes é lindo e a visita ao seu interior vale a pena.












Lugar certo para terminar nosso domingo: especial, histórico, lindo e sem ter que dividi-lo com multidões.





















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