“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Otrott com o Mont Sainte Odile e Obernai, França - Floresta Negra e Alsácia 2014

Santa Odila é a padroeira da Alsácia e da boa visão. Sua história começou em Obernai no séc. VII quando nasceu cega e rejeitada pelo pai foi criada num mosteiro, posteriormente retomou a visão passando a fazer profecias, acabou por cativar seu pai que construiu o mosteiro no local de um antigo castelo. Aqui foram recebidos pobres e doentes durante 11 séculos, função interrompida pela revolução de 1789, voltou a ser um mosteiro em 1853, hoje uma parte foi transformada em hotel. Foi canonizada em 1807 e o lugar passou a ser um centro de peregrinação principalmente para as pessoas com problemas de visão.

Está localizado nas montanhas Vosges a 703 metros de altitude, próximo a Otrott. Daqui tem-se lindas vistas dos vinhedos da Alsácia, do Rio Reno e até da Floresta Negra tornando-se também um ponto turístico.



No seu interior há capelas e claustros



mas o encanto maior é chegar ao terraço, as vistas são maravilhosas, podendo ser avistadas 73 cidades




No terraço também há duas capelas, a das Lágrimas e a dos Anjos, ambas ricamente decoradas com mosaicos

terraço
Capela das Lágrimas
Capela dos Anjos
Uma curiosidade é o muro que cerca a colina, o Monte Pagão, são 10 km com até 3 metros de altura e com mais de 2.500 anos, há controvérsias sobre seu propósito.


Seguimos para a nossa última cidade da rota, Obernai. Aqui repete-se o padrão das outras cidades, casas em enxaimel e muitas flores mas, apesar do pouco tempo em que lá estivemos, sentimos que ela continua sendo uma cidade normal não só turística, as outras, talvez por serem menores, parecem cidades de "João e Maria", de contos de fada... Aqui muitos falam alsaciano e é costume usar trajes tradicionais nas festas.

Conhecemos a Place de la Chapelle com muitas casas em enxaimel, o campanário Kapellturm e o Hotel de Ville, a prefeitura.

Hotel de Ville

Kapellturm
Place de la Chapelle
Daqui sai a Rue de Marché com muitos restaurantes com destaque para o Halle aux Blés com um frontão do séc. XVI e que foi um armazém de milho.

Rue de Marché
Place la Chapelle com o Halle aux Blés ao fundo
A cidade ainda conserva trechos de suas muralhas
























































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