Saímos de Tallinn em ônibus regular, a viagem foi muito tranquila através de estradas duplicadas, bem asfaltadas, ao redor muito verde e vários lagos, na Letônia as florestas ocupam 40% do território. Como ambos os países pertencem a União Européia a passagem pelas fronteiras ocorre livremente, sem barreiras e sem burocracia.
Riga já era um ponto comercial quando o bispo e cruzado alemão Albert von Buxhoevden construiu aqui sua fortaleza em 1201, prosperando comercialmente e tornando-se membro da Liga Hanseática. Esteve sob domínio polonês-lituano, sueco e russo, foi independente entre as duas guerras mundiais mas sofreu muitos ataques tendo permanecido sob o domínio do exército alemão até que em 1944 passou para domínio soviético no qual permaneceu por seis décadas. Nessa época muitos dos seus habitantes foram deportados ou fugiram e muitos russos vieram, atualmente isso se traduz em 50% da população atual de descendentes russos.
Ficamos num hotel, o Radisson Blu, cujo principal atrativo é seu bar e a vista que se tem do centro histórico de Riga, conhecido por Cidade Velha, na área entre o Rio Daugava e o Canal Pilsetas.
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centro histórico de Riga e os reflexos das janelas |
Em frente ao hotel fica o Parque da Esplanada com a
Catedral Ortodoxa. Construída entre 1876 e 1884 para atender a crescente comunidade russa tornou-se luterana quando da ocupação alemã e durante o regime soviético foi usada como sala de conferências e planetário com muita destruição de seu rico interior. Hoje está sendo restaurada e atende a comunidade de descendentes russos.
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catedral vista do bar |
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Parque da Esplanada |
Seguindo ao lado do parque chegamos ao
Monumento à Liberdade. Construído em 1935 no local onde ficava uma estátua de Pedro, o Grande
é formado por uma coluna de granito de 42 metros tendo no topo Milda, uma figura feminina, segurando três estrelas que representam três regiões importantes do país e por uma base de granito onde estão estátuas que representam Trabalho, Vida Espiritual, Família e Proteção da Pátria. Durante a ocupação soviética o regime colocou uma estátua de Lenin próxima a ele e proibiu a colocação de flores na sua base.
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Monumento à Liberdade |
É na região do monumento que se encontra o
Canal Pilsetas e o
Parque Bastejkalns, local de lazer com pedalinhos, passeios de barco, uma ponte com vários cadeados mas que também foi palco de lutas pela independência.
Começa então a cidade velha e logo à direita fica a
Torre da Pólvora, a única que restou das 18 torres defensivas da cidade. Sua base é do séc. XIV mas o restante da construção é do séc. XVII quando foi reconstruída após ser destruída pelo exército sueco. Tem como destaque nove balas de canhão russo nas suas paredes. Hoje é um museu.
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apresentação de artistas na praça e Torre da Pólvora ao fundo |
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balas de canhão encravadas nas paredes da torre |
Ao lado da torre estão as muralhas e a frente destas está o Quartel de Jacó, antigo quartel sueco que hoje abriga lojas e restaurantes.
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Quartel de Jacó |
Do outro lado das muralhas está a
Rua Torna com a
Porta Sueca, única porta que restou das oito construídas pelos suecos.
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exemplar de canhão em frente às muralhas |
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muralhas e Rua Torna |
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Rua Torna |
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Porta Sueca |
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outro lado da Porta Sueca abrigando mais um artista de rua |
Seguindo pela rua da Porta Sueca encontramos a
Catedral de S. Tiago, construída em 1225 fora das muralhas. Hoje aqui fica a Arquidiocese Católica de Riga.
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Catedral de S. Tiago |
Nesta região também ficam três casas chamadas de
Três Irmãos. A primeira é do séc. XV, é gótica e é o edifício de pedras mais antigo da cidade, número 17. Ao lado está uma casa do séc. XVII com o interior em madeira, número 19 e a outra é do séc. XVIII, número 21.
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mais artistas de rua em frente a 17 |
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casas 19 e 21 |
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torre da Catedral entre elas |
Seguimos então para a Praça do Domo, Doma Laukums, para ver a enorme Igreja de São Pedro cujo campanário tem 123 metros.
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Igreja de São Pedro |
Mas a praça em si já é um atrativo.
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