“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sultanahmet 1 - Istambul, Turquia - Terra Santa e Istambul 2012

Esta região está sempre lotada de turistas pois, além de aqui ficarem dois grandes monumentos, a área tem muitos jardins, praças e até um bazar. É um local muito agradável para passear. Começamos pelo Museu Haghia Sofya logo cedinho para evitar as grandes filas que se formam.


Foi inaugurada por Justiniano em 537 como a Basílica de Santa Sofia, que significa basílica da sabedoria sagrada. Sua imponência era reflexo da importância da capital do Império Romano do Oriente, do qual era sua catedral. No séc. XV foi convertida em mesquita recebendo minaretes, túmulos e fontes e em 1935 tornou-se um museu. Foi a maior catedral do mundo por quase 1.000 anos e sua arquitetura foi modelo para muitas outras devido a sua grande cúpula.

Como basílica bizantina possuía  mosaicos, logo a entrada encontra-se o mosaico Cristo no Trono com um Imperador ajoelhado a sua frente, esta era a porta usada somente pelo imperador e pessoas da corte.

entrada principal - mosaico





















porta principal
 Seu interior é imponente com colunas de até 20m de altura e 1,5m de diâmetro, chegando a pesar até 70 toneladas. A nave possui 40 janelas arqueadas e seu ponto mais alto é a cúpula há 55,6 metros do chão.

interior
cúpula com serafins na base


























Quando a basílica foi transformada em mesquita seus mosaicos foram cobertos. Na parte superior estão alguns dos mosaicos parcialmente recuperados.

Maria, Cristo e São João Batista
Cristo entre os Imperadores Constantino e Zoe
À saída da basílica encontra-se outro mosaico, a Virgem Maria com Cristo, o Imperador João II e a Imperatriz Irene.


Sua nave principal mantém os itens adicionados quando se tornou uma mesquita, como o mihrab, balcão do sultão, muezzin, biblioteca de Mahnut I, trono do pregador, minbar e outros.  Há oito grandes medalhões suspensos com nomes em caligrafia otomana: Alá, profeta Maomé, quatro califas e dois netos do profeta.

Muezzin e Praça da Coroação

mihrab, aponta em direção a Meca

minbar, púlpito

balcão do sultão
A imponência do seu interior pode ser melhor vista das galerias superiores.



Próximo ao museu encontra-se a Cisterna da Basílica, um enorme reservatório de água construído por Justiniano. Sua estrutura é sustentada por 336 colunas mas só parte da estrutura total está aberta a visitação. As colunas são de modelos variados e duas se destacam por se apoiarem em bases que representam a cabeça da medusa, invertida para quem olhar não ser transformado em pedra , como diz a mitologia.
Os otomanos levaram muito tempo para descobrir sua existência, só desconfiaram quando viram pessoas retirando água e peixes em baldes do fundo de suas casas.

É uma visita inusitada e muito interessante, só é preciso tomar cuidado para não escorregar.









Ao lado da cisterna encontra-se uma pilastra de pedra, ruínas de de um monumento a vitórias militares, o Milion.
























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