“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

terça-feira, 3 de julho de 2012

Jerash, Jordânia - Terra Santa e Istambul 2012

Após uma manhã inteira perdida na burocracia das fronteiras, entramos finalmente na Jordânia e o que víamos das janelas do ônibus era um país com uma grande área desértica e que concentra na fronteira com Israel, às margens do Rio Jordão, a sua área agrícola.


Na foto abaixo uma padaria local...


Nossa primeira parada foi em Jerash, há meia hora de distância de Amã, e conhecer essa incrível cidade greco-romana foi a grande recompensa de todo o cansaço para chegar até lá. Gerasa, no séc. III a.C., era uma cidade  membro das cidades gregas de Decápolis, dez cidades fundadas por comerciantes gregos localizadas na fronteira oriental do Império Romano agrupadas por causa da língua, cultura, localização e status político. No séc. I a.C. era parte das cidades romanas e possuía uma certa independência sendo rota de comércio. Foi a cidade preferida do Imperador Adriano. Posteriormente passou por uma nova fase de riqueza quando ocupada pelos bizantinos (séc. III d.C.). Em 635 foi tomada pelos mulçumanos e arrasada em 1112 na época das Cruzadas. Manteve-se coberta pela areia, o que a preservou, sendo redescoberta em 1806, suas escavações começaram em 1920 revelando sua história.

A entrada na cidade se faz pela Porta ou Arco de Adriano, construída em homenagem ao Imperador quando da visita deste a cidade em 129.

Porta de Adriano
No lado direito após a entrada esncontra-se o Hipódromo, local de eventos esportivos como a corrida de quadrigas cuja entrada era por uma porta em arco. Construído entre os séc. II e III d.C. comportava 1500 pessoas e media 245m de comprimento por 52m de largura.







Vamos então para a Praça Oval passando pela Porta Sul, principal porta da cidade no séc. II d.C. era parte das muralhas que cercavam a cidade com 110 torres de vigia.

Porta Sul
a caminho da Praça Oval
 A Praça Oval é uma praça de formato único no Império Romano construida no séc. I d.C. com 80 por 90m cercada por 160 colunas jônicas. Atrás das colunas ficavam lojas, no seu centro há uma fonte e abaixo das pedras do seu pavimento há canais que formam um sistema de drenagem.


A coluna no centro da praça é recente, foi construída para receber a chama do Festival de Jerash.
Da praça avistam-se o Templo de Zeus à esquerda e o Teatro Sul à direita.




O Teatro Sul é atualmente o local do Festival de Jerash e lá encontrava-se um grupo de músicos locais que nos receberam com muita alegria, alegria esta compartilhada por várias adolescentes que lá se encontravam em excursão e que foram a mais encantadora surpresa do país pela sua curiosidade, maior que a nossa, tentando conversar com algumas frases em inglês, sempre sorrindo e querendo tirar fotos com as mulheres do grupo. O Teatro Sul possuía 2 filas de assentos que eram nominais.




Dele tem-se lindas vistas da cidade, da Praça Oval e templos, além da cidade moderna que já está muito próxima das ruínas.




Da Praça Oval sai a principal rua da cidade, o Cardo Máximo, rua pavimentada com 600m de comprimento ladeada por colunas e onde ficavam os principais edifícios da cidade, terminando em duas portas, a Porta Norte e a Porta de Damasco.

Cardo Máximo

Cardo Máximo, Porta Norte e Porta de Damasco
Porta Norte e Porta de Damasco
 Mais uma vez encontramos jovens, estas apesar do uniforme são enfermeiras, muito alegres e receptivas.



No caminho do Cardo encontramos o Nymphaeum, uma fonte ornamental do ano 191 a.C. de onde a água jorrava em cascatas saindo de sete cabeças de leões.

Nymphaeum
Próximo a fonte encontra-se um conjunto de ruínas de igrejas bizantinas, a maior é chamada de Catedral e encontra-se no Cardo.

Catedral
As outras são ruínas de 3 igrejas, S. Cosme e Damião, S. João Baptista e S. Jorge, de 526 a 533 d.C. com bonitos mosaicos. A construção dessas igrejas deve-se ao fato de que Jerash fazia parte da Rota dos Peregrinos e Cristãos.



Próximo às ruínas das igrejas encontra-se o magnífico Templo de Artemis, dedicado a deusa patrona da cidade nos tempos gregos e romanos. Suas colunas possuem 13m de altura e foi usado como fortaleza pelos cruzados no séc. XII.





esplanada do Templo
porta principal do Templo
Do Templo avistamos outro teatro, o Teatro Norte.

Teatro Norte
Foi um passeio maravilhoso, mais uma cidade romana para rivalizar com Pompéia e Éfeso nas nossas preferências.















































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