Saímos de Jerusalém em direção a fronteira com a Jordânia, através da fronteira norte, próxima ao Mar de Tiberíades. Fomos acompanhados por um guia que no tempo do trajeto foi nos explicando a burocracia. Ao chegar a fronteira todos descem com suas malas que serão levadas, após barreira de raio X, para um pátio. Paga-se uma taxa de fronteira e apresenta-se o passaporte onde será carimbada a saída do país. Chega-se então ao pátio que está com as malas atravessando um duty free. O ônibus de turismo não pode atravessar a fronteira, pega-se um ônibus oficial mostrando o passaporte com o carimbo a um outro policial e coloca-se a mala no bagageiro. Dependendo do número de pessoas que estão ali no momento pode-se ter que esperar o ônibus levar um grupo e voltar, existe um só. Finalmente chegamos do outro lado e fomos recebido pelo nosso guia da Jordânia. Nesta fronteira é possível tirar visto e percebemos que os preços pagos pelo visto aqui no Brasil tiveram valores diferentes sendo o mais barato o pago ali na fronteira mesmo. Todo esse processo levou a manhã inteira e olha que saímos cedinho de Jerusalém.
Algumas considerações e sugestões:
- Entrar e sair de Israel é demorado e complicado. A situação geográfica e política do país resulta num rigor maior nas suas fronteira, aqui não adianta apresentar o seguro médico, a reserva em hotéis, dinheiro suficiente para se manter....há outros motivos para sermos barrados e deve-se levar em conta essa possibilidade sendo mais conveniente deixar este país para o final quando é um roteiro conjugado a outros. Nunca havia passado por situação semelhante e fiquei atônita, perder a viagem e o dinheiro já pago, voltar para onde, fazer o quê? tudo passa pela cabeça nesse instante.
-Israel é, para os brasileiros, principalmente um roteiro religioso. Nossa guia tinha um incrível conhecimento da Bíblia mas transmitia fatos, não emoções, e isso fez muita falta. Vimos muitos grupos percorrendo Jerusalém com cantos, orações e muita alegria e isso nos fez falta. Acredito ser melhor sair aqui do Brasil com um grupo que tenha interesses comuns e cujo guia seja um religioso que transmita emoções além de fatos.
- A maioria dos roteiros dedica 2 dias a Jerusalém, deixando um dia a mais para o opcional a Fortaleza de Massada e Mar Morto, se puder faça esse passeio no início da viagem, chegue um dia antes e fique um dia a mais em Jerusalém, é uma delícia se perder na cidade antiga, poder explorar cada bairro, ver culturas tão diferentes assim tão próximas.
- Escolha um hotel em Jerusalém do qual possa ir a pé para a cidade antiga, além de conhecer melhor os arredores se evita pegar táxis, nem sempre muito corretos.
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink
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