Pela localização de Israel entre 22 países árabes sabíamos que a segurança na entrada no país seria máxima, só nunca esperávamos termos alguma dificuldade afinal somos viajantes frequentes, estabelecidos profissionalmente no Brasil e possuíamos todos os quesitos necessários como passagem de volta, hotel reservado, dinheiro, seguro saúde....Chegamos no aeroporto de Tel Aviv às 4:00h da manhã, 23 horas após termos saído de São Paulo, ou seja, estávamos muito cansados. Antes de chegarmos aos guichês da Polícia Federal já encontramos um guia para nos recepcionar, estávamos só nos dois já que o encontro com o restante do grupo se daria em 2 dias. Na apresentação dos passaportes o do meu marido foi liberado, eu tive que ser entrevistada pela polícia. A sensação é de total espanto, ter que responder em inglês a um policial federal após quase um dia em trânsito, me senti um pouco mais tranquila pela presença do guia mas sei que sua presença não mudou em nada a decisão tomada por eles, talvez tenha acelerado um pouco todo o processo. São feitas perguntas cujas respostas são meio óbvias como "por que escolheu Israel como destino de férias" , "por que quer conhecer Jerusalém", "quanto tempo de estadia no país", "qual a data da saída e por onde será"..No decorrer da semana vim a saber que em 10 dias seria comemorado o Dia da Independência do país e eram esperados alguns atos contrários pelos vizinhos. Só posso dizer que a experiência foi horrível pois passa pela sua cabeça que toda a sua viagem, paga e planejada, pode ser abortada logo no início e sem seu dinheiro de volta. É necessário sempre ter tais possibilidades em evidência ao se escolher um destino e se este será seu ponto inicial da viagem, principalmente quando se trata de viagens em grupo.
Após poucas horas de sono e ainda chocados levantamos, tomamos nosso café e voltamos a dormir. Aliás o café da manhã em Israel é bem farto mas com algumas peculiaridades, além de não ter frios há bastante peixe crú temperado e saladas....Era um domingo e aproveitamos o final da tarde passeando pela avenida da praia, cheia de barzinhos.
Tel Aviv |
- Tel Aviv: é o centro econômico e cultural do país com shoppings, edifícios modernos, muitos bares e restaurantes e boa vida noturna. Sua praia banhada pelo Mediterrâneo está sempre ocupada por banhistas e esportistas.
Tel Aviv cresceu ao redor de Yafo, um povoado árabe muito antigo, hoje formam uma única cidade Tel-Aviv - Yafo.
Yafo ou Jaffa tem mais de 4000 anos e foi um importante porto onde chegava madeira do Líbano para construções em Jerusalém, foi daqui também que, segundo a Bíblia, saiu Jonas em direção a Társis quando foi engolido por uma baleia. Hoje em dia há a escultura de uma simpática baleia para lembrar tal fato. Aqui as tropas turcas se concentraram e para cá se refugiou Napoleão Bonaparte. Essa região chegou a apresentar grandes problemas sociais mas hoje a área está toda revitalizada, atraindo turistas de Israel e de todo o mundo. Possui uma comunidade árabe, mulçumanos e cristãos, concentrados no bairro Ajami.
Chegamos pelo praça que tem a Torre do Relógio Otomano, que foi construída em 1901 para comemorar o 25º aniversário do sultão turco da época, ao redor da praça encontram-se bares, restaurantes e um mercado árabe de produtos de segunda mão.
Torre do Relógio Otomano |
Tel Aviv vista de Yafo |
Suas ruelas estreitas, suas casas de pedra abrigam atualmente artistas e um centro para turistas.
minarete da mesquita Mahmoudiya de 1812 ainda em uso pela população mulçumana local |
O Novo Testamento diz que Pedro aqui esteve na casa de Simão e nesse lugar foi construída a Igreja de São Pedro cujo altar está voltado para o Ocidente mostrando que daqui o Cristianismo se expandiu para os outros povos. É a torre desta igreja que se avista de toda orla.
Igreja de São Pedro |
Yafo está renovada e perdeu suas características antigas mas é um bom lugar para se passear, descansar e ter belas vistas do litoral.
Fizemos um city tour com o guia que além de Yafo mostrou as praças, ruas e monumentos mais importantes da cidade. Dentro do que vimos destaco o Monumento a Yitzhak Rabin, assassinado em 1995 por estar quase concluindo um tratado de paz com os árabes.
Monumento a Yitzhak Rabin |
entrada do Museu da Diáspora |
Nosso hotel foi o Dan Panorama Tel Aviv, de frente para a praia, num bairro, Neve Tzedek, com bons restaurantes e vida noturna, absurdo a internet ser paga. Bem próximo fica o Hatachana, uma antiga estação de trem que foi restaurada e hoje abriga um pequeno museu, lojas e bons restaurantes, um espaço bem bonito e interessante, jantamos no "Italiana nella Stazione", recomendamos.....Apesar da boa localização do hotel algumas vezes precisamos usar táxi e apesar de possuírem taxímetro não o usam, e quando você pede para ligar argumentam que se vai pagar bem mais, que não usar o taxímetro é mais interessante para nós, etc ....ou seja, evitem os táxis.
Yafo vista do nosso quarto |
Acredito que a maioria dos turistas vá a Israel para conhecer os lugares antigos e religiosos. Tel Aviv não tem muito a oferecer nesse quesito, o que tem está concentrado em Yafo, dessa forma um guia não é imprescindível, ainda mais se você der o azar de ter um que extrapola nas suas funções de guia e passa a exaltar a inteligência de seu povo e seus méritos fazendo comentários depreciativos sobre o Brasil, o que infelizmente aconteceu conosco.
Amo seu blog, Inês! Parabéns, é muito gostoso de ler! bjs Angela (pilates)
ResponderExcluirQue bom Angela, fico muito feliz com isso. Bjs
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