Costa Amalfitana - Itália 2010

Saindo de Tivoli preferimos pegar a auto estrada para chegar mais rápido a Costa Amalfitana, esperávamos assim não passar pela Costiera, estrada estreita e sinuosa que percorre a costa, a noite. Ao sairmos da estrada estávamos em Salerno e não teve jeito, tivemos nossa primeira experiência na Costiera a noite. Foram cerca de 24 km até Amalfi mas a sensação era que havíamos percorrido o dobro pois a estrada é bem estreita, sinuosa e construida nos penhascos, não dava nem para admirar o visual pois a atenção tinha que ser total.
São várias as pequenas cidades da Costa Amalfitana e há todo tipo de alojamento, os hotéis com melhores vistas estilo resort são os que ficam mais afastados dos centros das cidades, nestas há desde acomodações simples a luxuosas e a não ser que se prefira um hotel mais distante se paga caro.
A escolha depende do que se prioriza, nós preferimos ficar numa posição mais central, deixar o carro no hotel e poder chegar a pé ao centro da cidade. Escolhemos Amalfi como nossa cidade base e ficamos no Hotel Aurora que possui garagem e está a 500m do centro. Nosso quarto era espaçoso com um grande terraço com vistas para o mar e a cidade mas o hotel precisa ser modernizado e oferecer mais conforto. Curtimos muito um gatinho que ficava nos jardins do hotel e que sempre vinha nos receber ao chegarmos, aliás o que não falta na Itália são gatos.

Amalfi vista do nosso terraço

anoitecer em Amalfi do nosso terraço

• Amalfi: esta é a maior cidade da costa, foi um importante porto comercial com o Oriente Médio começando a entrar em decadência quando foi invadida pelos normandos em 1137 quando então passou a fazer parte do Reino Normando. Dessa rica época tem-se a belíssima igreja com seu famoso Duomo do séc. X. espremida na praça, de resto são pequenas casas e ruelas lotadas de restaurantes e lojinhas. Percorrendo a cidade vimos um local próximo ao Duomo com velinhas numa sacada e decidimos  jantar lá, era o mais famoso restaurante da cidade, Tratoria da Gemma, um local bonito com boa comida e um pouco caro....mas valeu a pena...

A Catedral de Amalfi apresenta uma escadaria com 62 degraus e uma linda fachada em mosaico.Sua porta em bronze veio de Constantinopla no ano 1000 e seu campanário em estilo árabe é de 1276. Destacam-se ainda o Claustro do Paraíso, um cemitério para pessoas importantes da cidade, e o jardim.

Catedral de Amalfi

Campanário

praça vista da catedral

• Positano: de Amalfi pegamos um barco até Positano, no caminho vêem-se algumas vilas  mas é quando se aproxima de Positano que a emoção aumenta, afinal a imagem de casinhas no penhasco, mar e um duomo amarelo é muito conhecida. Há muitos anos sonhava em conhecer esta cidade e poder ver de perto esse visual.

Amalfi vista do barco

chegando em Positano

A cidade começa no mar e sobe para o penhasco em degraus pela Via Pasitea, foi aqui que vimos uma procissão para a igreja para um casamento, eram parentes e no final a noiva com seu pai descendo a cidade. No caminho encontram-se lojas, bares e restaurantes e é no alto que se tem o melhor da cidade, a vista. Encontramos a famosa imagem do duomo, casinhas e mar e tiramos uma foto do terraço do hotel onde se passa parte do filme "Only You", Hotel La Sirenuse. Ainda bem que é liberado o acesso ao terraço pois para nós este hotel é inviável, caríssimo!!! O duomo é a Igreja de Santa Maria dell'Assunta e sua famosa cúpula está coberta de azulejos  em amarelo, azul e verde.

Positano

• Ravello: no outro dia compramos um bilhete de sightseeing válido para o dia inteiro e inicialmente fomos para Ravello. No caminho além de vistas deslumbrantes da costa passamos por Atrani e sempre subindo chegamos em Ravello.

Atrani

símbolo de Ravello, cidade da música

Esta cidade fica longe da praia mas as vistas da costa, suas villas, o clima da cidade , tudo a torna muito especial. Talvez a escolhéssemos como cidade base num retorno, foi o local que mais nos encantou.
Na praça central fica o Duomo de San Pantaleone, de 1086. No seu interior há um lindo púlpito em mosaico e colunas retorcidas apoiadas em leões. É  na igreja que se encontram os mosaicos que se tornaram símbolos da cidade.

Duomo de San Pantaleone

lindo interior da igreja

Do centro fomos caminhando por um caminho estreito ( Via San Francesco) para mais alto ainda até chegar a Villa Cimbrone. Esta foi construida no séc. XIX  por um inglês e possui vários jardins e terraços onde se destaca o Terraço do Belveder Infinito que, como o nome diz, apresenta vistas infinitas da costa sendo ornamentado por bustos. Hoje é um hotel mas vende ingressos para visitas a 6 euros.

Villa Cimbrone

Coloquei esta imagem do site do hotel para se ter uma idéia da sua grandiosidade e maravilhosa localização. No site do hotel há um mapa dos jardins e videos de suas várias partes como o terraço, a cripta, o claustro, etc.

Avenida do Imenso

Sala do Chá

Terraço do Infinito

vista do terraço

Voltamos pelo mesmo caminho e fomos conhecer a outra vila, Villa Rufolo. Esta vila foi construida no séc. XIII e XIV para a famíla Rufolo e recuperado no séc. XIX por um escocês. Apresenta jardins tropicais com maravilhosas vistas da costa e  pátios em estilo árabe. Foram os jardins desta vila que inspiraram a ópera Parsifal de Wagner e é aqui que atualmente são realizados os festivais de música.

Torre Maggiore

jardins

vista de Ravello

• Minori: voltando de Ravello pegamos outro ônibus com destino a Salerno. A ideía era ir até o final e na volta parar nos locais que mais nos agradassem mas as curvas da costiera assim como a ousadia do motorista mudaram nossos planos. Descemos em Minori no local de um pequeno museu onde é contada a história romana de Minori que era o local do arsenal marítimo de Amalfi. No centro fica a Basílica de Santa Filomena. Chovia muito e decidimos voltar para o hotel.

• Sorrento: no outro dia saimos de Amalfi em direção a  Sorrento, ainda chovia um pouco o que tornou  mais emocionante o sinuoso e estreito trajeto. A nossa idéia era conhecer Sorrento neste dia e no outro ir para a ilha de Capri mas desistimos pois a chuva continuava. Há várias opções hoteleiras, escolhemos um hotel no alto e de frente para o mar e o vulcão Vesúvio, Hotel Belair. No hotel há uma escadaria que chega a praia e assim chegamos a marina.

vista do nosso quarto

vulcão Vesúvio visto do quarto

Hotel Belair fachada posterior

Na marina os restaurantes estavam começando a abrir e o movimento ainda era pequeno então decidimos ir para a praça principal da cidade, Piazza Tasso. Um morador estava saindo de sua casa e aproveitamos para perguntar o caminho para a piazza e não só ele nos informou como nos ofereceu uma carona, como é bom não sentir medo.....alguém faria isso aqui em São Paulo?????
A Piazza Tasso é o centro da cidade e no centro há a estátua do poeta nascido aqui, Torquato Tasso. Lá se encontram também ruínas de um povoado grego e o Vale dos Moinhos uma fenda causada por erupções vulcânicas.

Piazza Tasso

Vale dos Moinhos

Da praça tem-se também uma bela vista da marina.

vista do mar da Piazza Tasso

Passeando pelas ruas da praça encontramos o campanário do Duomo de Sorrento.

Não posso deixar de colocar esta foto de um final de dia visto do hotel.....lindo!!!!!

• Herculano: como desistimos de Capri pudemos ir com mais tranquilidade em direção a Nápoles. Já conhecíamos Pompéia e optamos por conhecer Herculano ou Ercolano. Esta foi uma cidade grega no séc. V aC,  tornou-se romana em 89 aC e em 79 dC foi soterrada pelas lamas e lavas da erupção do Vesúvio. Suas escavações começaram em 1738.

Herculano

Alguns destaques de Herculano

Mosaico de Tritone nas termas femininas

Casa de Neptuno e Mosaico de Anfitrite

Casa dos Veados, a segunda maior da cidade

arca fúnebre e estátua do pro consul de Creta e Cirene

termas

• Nápoles: preferimos não conhecer esta cidade por toda sua fama de trânsito caótico e violência e nossa opção por terminar aqui a rota da Costa Amalfitana  foi porque daqui pegamos um ferry em direção a Palermo na Sicília. Poderíamos ir da Costa para a Sicília por terra, seriam cerca de 500km até o extremo sul do país para então pegar um ferry de 30 minutos para Messina na Sicília, esse percurso nos faria perder praticamente um dia. Nossa viagem de ferry foi a noite, das 20:30h às 6:30h, com direito a cabine e jantar, o preço pago foi inferior ao de uma diária em um hotel razoável. Dessa forma chegamos na Sicília, Palermo, bem cedinho.

ferry Nápoles-Palermo