POLÔNIA
- Zakopane: decidimos parar nesta cidade antes de ir para a Cracóvia para ver as típicas casas de madeira. A cidade já foi a capital de inverno do país e seu centrinho é muito charmoso mesmo fora de temporada.
Zakopane |
centro de Zakopane |
- Cracóvia: esta cidade foi a capital da Polônia de 1038 até 1596 mas sempre manteve sua importância no cenário político do país pois era na sua catedral (Wawel) que os reis eram coroados e sepultados. Meses antes da nossa viagem houve um grave acidente aéreo com a morte do presidente do país e foi na Catedral de Wawel que ele foi enterrado mantendo a tradição. Apresentou grande crescimento nos séc. XIV, XV e XVI quando foram construidos igrejas,o mercado de tecidos, o Castelo Real e vários edifícios importantes. Escapou quase ilesa às duas guerras mundiais sendo patrimônio da humanidade pela UNESCO e capital espiritual do seu povo.
Os locais turísticos históricos
encontram-se ao redor da praça medieval que é a maior da Europa ( Rynek
Glówny), sendo acessíveis a pé. Escolhemos, então, um hotel
localizado muito próximo a praça mas ao qual se tinha acesso de carro e
com estacionamento, o Andel's Hotel, um hotel moderno ao lado da estação
de trens, ao lado de um shopping e a uma quadra da praça.
Cracóvia
foi uma cidade medieval e, portanto, era cercada por muralhas num
círculo duplo. Essas muralhas foram destruidas no séc. XIX restando a
Barbacã que era uma fortificação da muralha.
Barbacã |
Da Barbacã avista-se a praça com a Igreja de Santa Maria, construida em 1355.
Igreja de Santa Maria ao fundo |
A foto mostra também a Ulica Florianska, rua que fazia parte da Rota
Real, por onde cavalgavam os nobres indo para o Catedral de Wawel, e no
lado contrário a praça há a Porta de São Floriano, parte das
fortificações medievais unida à Barbacã por uma passagem subterrânea.
Porta de São Floriano |
A grandiosa basílica de Santa Maria apresenta duas torres
assimétricas, é da mais alta, torre Hejnal, que soa, de hora em hora,
um toque incompleto de clarim em memória ao corneteiro medieval morto a
tiros enquanto dava o alarme com seu toque.
Igreja de Santa Maria |
Na foto acima vemos a igreja e no canto esquerdo uma parte do Mercado
de Tecidos, infelizmente ou felizmente, em obras. Ainda na praça
encontramos a Igreja de Santo Adalberto e a Torre da Câmara Municipal
além de várias lojas e restaurantes.
Torre da Câmara Municipal |
É muito agradável passear pela praça que apresenta grande movimento
mesmo a noite quando encontram-se vários estudantes visto que Cracóvia é
uma cidade universitária.
Da praça chega-se facilmente
ao Monte Wawel, anteriormente uma cidadela, ainda apresenta
fortificações e no seu interior há o Castelo Wawel e a Catedral Real. No
caminho há vários edifícios históricos como este, a igreja jesuíta de
São Pedro e São Paulo.
Igreja de São Pedro e São Paulo |
O Castelo Real de Wawel (Zamek Królewski)
sobressai a distância e ainda apresenta fortificações, algumas desde a
época medieval, sobressaem algumas torres defensivas de períodos
diversos.
Castelo Wawel |
Torre Sandomierz |
O Castelo Real, antiga residência de reis, hoje é um museu.
pátio do castelo com a entrada para o museu |
A Catedral Real, Catedral de Santo Estanislau e
São Venceslau, construida entre 1320-1364, é uma catedral gótica com
várias capelas e túmulos funerários. Abaixo o túmulo do presidente
recentemente morto num acidente aéreo.
Dentre as capelas, a de Sigismundo apresenta o maior sino da Europa com quase 11 toneladas.
O conjunto exterior da Catedral é lindíssimo e
entre ele e o Castelo há jardins maravilhosos e lindas vistas do Rio
Vístula e do Kazimierz, antigo bairro judaico.
Catedral Real |
Rio Vístula |
Como todo castelo medieval tinha um dragão ameaçando seus súditos, aqui também encontramos um que faz a diversão dos turistas.
Como o acesso de carros a cidade é limitado há encantoras opções de transporte, como lindas carruagens.
Para irmos ao bairro judaico escolhemos outro
tipo, um pequeno carro elétrico onde o motorista também serve de guia
além de colocar uma fita que vai narrando na língua escolhida (não há em
português, mas tem em espanhol) os pontos turísticos.
city tour no bairro judaico |
O roteiro escolhido nesta viagem abrangeu
vários paises que sofreram com a invasão nazista na II Guerra Mundial,
muitos possuiam uma expressiva população judaica e as marcas da
perseguição estão presentes em vários deles mas é aqui, na Cracóvia, que
a história se faz mais presente com o maior e mais famoso campo de
concentração (Auschwitz-Birkenau) e com o bairro judeu imortalizado no
filme de Steven Spielberg, A Lista de Schindler.
local da fábrica de Schindler |
muros em forma de tumbas que cercavam o gueto judeu |
No bairro há sinagogas, cemitérios judeus e casas do antigo bairro, entre elas a da famíla Rubinstein.
Nas imediações da cidade há dois locais
imperdíveis. Um fica na cidade de Wielicza, uma antiga mina de sal, e
outro na cidade de Oswiecim, o complexo Auschwitz-Birkenau. Em ambos a
visita guiada é obrigatória e queríamos que fosse em espanhol para uma
maior compreensão. Alguns guias e algumas companhias de turismo
apresentam a visita em espanhol em determinados dias da semana, dessa
forma optamos por fazer a reserva aqui do Brasil. Escolhemos a Cracow
City Tours e reservamos a visita ao campo de concentração pela manhã e,
no mesmo dia a tarde fizemos a visita a mina de sal. O encontro com o
grupo foi no local da companhia, muito próximo ao Barbacã e ao nosso
hotel. Recomendo.
- Oswiecim: esta cidade mais conhecida pelo seu nome em alemão, Auschwitz, dista 70 km da Cracóvia. Fizemos este trajeto de ônibus e no caminho é mostrado um filme feito pelos russos quando chegaram ao local, até então não se sabia exatamente o que acontecia nos campos. Na iminência da invasão pelos russos os alemães tentaram destruir o máximo possível mas muito ainda foi achado. A invasão ocorreu em janeiro de 1945 e ali foram encontrados 7650 prisioneiros, doentes e muito emagrecidos. O campo inicial ocupou o espaço de uma fábrica mas outros dois foram construidos pelos próprios prisioneiros. Este grande complexo é hoje um museu que abriga tudo o que ali foi encontrado e em 2010 recebeu mais de 1,3 milhões de visitantes. O guia é essencial para uma melhor compreensão de tudo o que lá ocorria. Tirar fotografias na parte interna é proibido mas o portão de entrada com a irônica frase "Arbeit macht frei", o trabalho liberta, está aqui documentado.
- Wieliczka: este foi o nosso destino a tarde, saimos de ônibus para esta cidade, que fica somente há 13 km da Cracóvia, para conhecer a mina de sal. Aqui também é obrigatória a visita guiada, trata-se de uma mina de sal que foi inaugurada há 700 anos e que hoje está desativada sendo somente um local turístico. A visita abrange somente uma parte das galerias e câmaras que se encontram há 135m de profundidade e a uma temperatura de 13 a 14º C. Além dos túneis encontram-se várias construções de sal das quais se destaca uma linda e grande igreja.
igreja de sal |
- Wadowice: nosso próximo destino era a República Tcheca, mas antes de entrar no país passamos por esta cidade polonesa distante cerca de 50 km da Cracóvia. Esta é a cidade aonde nasceu o Papa João Paulo II. Sua casa de infância hoje é um museu.
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