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aeroporto de Lisboa
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Esta foi uma viagem muito marcante por vários motivos. O plano era de uma viagem longa, 28 dias, passando por vários países. Não há no Brasil guias completos de alguns desses países, problema resolvido com a compra desses guias em uma livraria virtual portuguesa. Em muitos desses guias havia a indicação da necessidade de se manter o carro alugado em estacionamento seguro o que fez com que reservássemos praticamente todos os hotéis, costumamos deixar uma flexibilidade maior dos dias passados em uma determinada cidade mas, aqui, não foi o caso. Iríamos viajar em outubro de 2009 mas, por problemas de doença na família, tivemos de adiar e remarcamos para abril de 2010. Saíriamos de São Paulo num sábado pela TAP, trajeto São Paulo-Lisboa e Lisboa-Munique, em Munique pegaríamos o carro alugado. Porém na terça-feira da semana da viagem ocorreu a erupção do vulcão na Islândia e muitos aeroportos da Europa fecharam, mesmo assim tentamos manter o nosso planejamento e fomos para Portugal. Chegando no aeroporto em Lisboa encontramos o caos, só havia a possibilidade de vôos para Roma, mudamos a nossa passagem para lá mas sem saber o que encontraríamos. No aeroporto muitas pessoas, algumas dormindo ao lado das suas malas, outras chorando, todas com ar de perdidas, pensamos em alugar um carro mas os preços estavam abusivos e não havia a possiblidade de devolução em outro país. Dessa forma, 24 horas após a nossa saída do Brasil, chegamos em Roma. Do aeroporto fomos para a Termini (estação de trem) que estava lotada, filas intermináveis, pessoas oferecendo transporte por vans e já anoitecendo. De lá, já meio sem opções, resolvemos ir até a rodoviária, lá fomos de metrô com malas e já muito cansados. Na rodoviária só haveria ônibus pro norte daqui há 2 dias, decidimos parar por ali mesmo, procuramos um hotel para passar a noite. No dia seguinte tentamos vans para Milão mas o preço era muito alto, todos em trânsito na Europa só conseguiam chegar em Roma e de lá queriam sair, fomos então de volta para a Termini e ficamos sabendo pelo motorista do táxi que o aeroporto de Milão estava aberto. Tivemos mais sorte e conseguimos comprar um bilhete de trem para Milão, sairia às 11:00h, só não sabíamos que não havia lugares e encaramos nosso viagem sentados no chão, entre os vagões.Três horas mais tarde chegamos em Milão, a estação já apresentava filas pela abertura do aeroporto mas conseguimos comprar um bilhete Milão-Verona. Lá fomos nós novamente. Chegando em Verona soubemos que só haveria trem para Munique no dia seguinte, preferimos, então, ir para Innsbruck e de lá para Salzburg, afinal era nessa cidade que tínhamos hotel reservado para a terceira noite. E lá fomos nós novamente, chegamos na fronteira Itália-Áustria, mudamos para um trem austríaco e chegamos em Innsbruck à 1:00h, de lá, de uma estação praticamente vazia, sairia o trem para Salzburg às 3:00h. Conseguimos encontrar um pedaço de pizza para comer, depois esperamos o trem com sono e frio. Chegamos em Salzburg às 4:30h, muito, muito cansados.....fomos para o hotel reservado para o dia seguinte, hotel que nos recebeu muito bem e nem sequer cobrou a diária a mais. No dia seguinte, um pouquinho mais descansados nos informamos sobre a melhor maneira de chegar em Munique e acabamos por decidir alugar um outro carro, que deixaríamos no aeroporto de Munique, onde pegaríamos o nosso. Foi impressionante ver o enorme aeroporto de Munique praticamente vazio. Assim, 2 dias após o esperado, estávamos começando nossa viagem, deixamos para trás Regensburg, Passau e as redondezas de Salzburg, mas tínhamos conseguido.....
ÁUSTRIA
Salzburg: é uma cidade linda, parece pertencer a um conto de fadas. É a cidade de Mozart, que lá nasceu em 1756, e hoje abriga o prestigiado Festival de Salzburg. A cidade pode ser dividida em 3 zonas, a da fortaleza de Hohensalzburg, a da direita do rio Salzach com igrejas, residência do arcebispo e a casa onde nasceu Mozart e a da esquerda do rio com o Palácio Mirabell e o conservatório de Mozart. Para quem estiver de carro aconselho um hotel a esquerda do rio, já que a área a direita apresenta uma circulação bem limitada de veículos, porém guarde seu carro pois ela é facilmente percorrida a pé, atendendo a essas expectativas ficamos no NH Salzburg City, recomendo. Para curtir melhor a cidade assista o filme A Noviça Rebelde, cuja história ali se passa e é baseada em fatos verídicos envolvendo uma famíla cuja residência hoje é um hotel.
Um dos cartões postais da cidade é o da fortaleza vista do palácio Mirabell. Este palácio foi construido em 1606 pelo arcebispo Dietrich, supostamente para sua amante, em 1727 foi reconstruido para moradia de um arcebispo e 1818 pegou fogo. Do incêndio salvou-se a belíssima Escadaria dos Anjos.Hoje é um prédio da administração civil rodeado por lindos jardins, com fontes e esculturas, e é de um desses jardins que se avistam a fortaleza e as torres das igrejas.
Do outro lado do rio fica a cidade antiga, lá encontramos o mais lindo cemitério que já vimos, entre a abadia de São Pedro e a montanha, que por sua vez abriga catacumbas.
Vimos também a Festspielhauser, anteriormente cavalariças do palácio , atualmente o Teatro Grande.
Passeamos pela Getreidegasse, uma das ruas mais movimentadas da cidade antiga, uma rua medieval que abriga a casa onde nasceu Mozart. Num estreito beco medieval vê-se a torre da prefeitura.
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Altes Rathaus- prefeitura do séc. XV |
Há ainda lindas praças,como a Kapitelplatz, a Residenz, antiga residência do arcebispo e muitas igrejas, o que a fez ficar conhecida como Roma Alemã. A foto abaixo foi tirada da fortaleza e avista-se o rio e boa parte da cidade.
Próximo a abadia de São Pedro está o funicular de Festungsgasse que leva a Fortaleza Hohensalzburg, construída no séc. XI servia de refúgio aos arcebispos. Lá podemos conhecer a fortaleza, conhecer o museu onde se destaca a sala de tortura e avistar a cidade inteira.Bilhete a 10,50 euros incluindo o funicular.
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sala de tortura |
- Melk: há 212 km de Salzburg, a caminho de Viena, encontramos esta linda
abadia, um monumento barroco facilmente avistado pela sua grandiosidade,
localizado numa escarpa com vista para o Danúbio. Sofreu várias
reformas e adquiriu a forma barroca atual a partir da reforma de 1702.
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sobressai na cidade |
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Pátio dos Prelados |
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Salão de Mármore |
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vista da cidade de Melk dos terraços da abadia |
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interior magnifíco da Stifskirche, igreja-mosteiro barroca |
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detalhe da biblioteca com 100.000 volumes |
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escada em espiral que liga a biblioteca a igreja |
- St. Polten: a caminho de Viena paramos nesta cidade cuja história data dos tempos romanos,no seu bonito centro barroco destacam-se a coluna da Santíssima Trindade e a Franziskanerkirche com sua fachada cor-de-rosa.
Paramos também em um complexo hospitalar psiquiátrico, desenhado por Otto Wagner, onde se destaca a
Igreja de Steinhof com sua impressionante cúpula de cobre, já na periferia de Viena.
- Viena: a parte central de Viena está limitado pelo Ringstabe que, no séc. XIX, substituiu as antigas fortificações da cidade. Consegue-se percorrer quase todas as atrações turísticas a pé, algumas, um pouco afastadas, são alcançadas pelo metro ou trem.
O hotel que ficamos foi ótimo ( Hotel Am Konzerthaus) próximo ao Ring, com estacionamento, excelente atendimento. Ao lado do hotel fica a Schwarzenbergplatz, esta praça grandiosa abriga a estátua equestre de Karl Schwarzenberg, que comandou as tropas austríacas contra Napoleão, uma fonte contruida em 1873 que é iluminada no verão e um monumento ao Exército Vermelho que comemora a libertação de Viena dos russos.
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Praça Schwarzenberg |
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Monumento Soviético |
De lá fomos até a Karlskirche, igreja construida a mando do imperador
Carlos VI quando a cidade ficou livre da epidemia da peste. É a mais
alta igreja barroca de Viena.
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Karlskirche com suas torres em minarete |
Da igreja fomos caminhando em direção a área mais central. Quando
chegávamos próximos a Stephansdom, catedral da cidade, encontramos a
área cercada e muitas pessoas em volta, fomos nos aproximando e vimos
que a área estava isolada pois estava sendo feito um atendimento de
urgência com chegada de helicóptero ao local; incrivel a mobilização,
organização e atendimento.
Ficamos tão entretidos com o que acontecia que mal percebemos os
detalhes desta igreja, que foi toda destruída na II Segunda Guerra
Mundial e depois restaurada. Vemos na foto parte do Pórtico dos
Gigantes, com uma das 2 Torres dos Pagãos, pórtico que foi contruido
no local de um antigo templo pagão.
Uma das
maiores atrações de Viena é o palácio da Sissi, o palácio de
Schonbrunn, sempre associado a dinastia dos Habsburgos, foi um palácio
de verão da família imperial. Apesar de estar situado fora do centro, é
facilmente acessível pelos meios de transporte público; fomos de metro
descendo na estação
Schonbrunn. Saindo da estação logo se avista a grandiosidade de todo o complexo com o palácio e jardins.
Há
vários tipos de visita, aconselho a visitar o site do palácio e ver o
que mais lhe é interessante todas com audio guia o que facilita muito o
entendimento das várias salas e quartos. Pena não ser possível
fotografar lá dentro. Quando saímos fomos conhecer os jardins com uma
carruagem coletiva mas há carruagens muito bonitas para românticos
passeios a dois. Os jardins com suas fontes, museus, belvederes....é
maravilhoso.
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frente do palácio |
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carruagens para visitas ao jardim |
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vista do palácio do jardim |
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uma das fontes |
Programe-se
para ficar no palácio por pelo menos 3 horas. Voltamos ao centro de
Viena de metro e aproveitamos para descer na estação Rathaus e de lá
conhecermos a área norte de Mariahilfer Strasse.
Assim que saimos da estação nos deparamos com a Neus Rathaus, edifício neogótico que é a sede da câmara municipal.
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Neus Rathaus |
A torre central, com 98m de altura, tem um cavaleiro com armadura que é um dos símbolos de Viena.
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cavaleiro símbolo de Viena |
Nos arredores da câmara municipal há vários edifícios importantes em Viena:
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Burgtheater |
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Café Landtmann, de 1873, um dos preferidos de Freud |
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Universitat |
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casa e consultório de Freud |
De lá , meio perdidos, voltamos ao hotel de táxi e fomos conhecer o
Belvedere. Este palácio foi a residência de verão do príncipe Eugenio de
Sabóia e é formado por 2 palácios ligados por um jardim em 3 níveis.
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vista global do Belvedere |
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detalhes dos jardins |
Já sem tempo fomos à região central de Viena admirar o Complexo de
Hofburg e a Alte Burg. O Complexo de Hofburg é a antiga residência do
imperador com praças e palácios.
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Josefsplatz com a estátua do Imperador José II |
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Neue Burg última ala a ser construida |
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Schweizertor porta suíça barroca, leva à parte mais antiga do palácio |
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Heldenplatz com a Neues Rathaus ao fundo |
Há muito o
que se ver, reserve uma manhã ou uma tarde se quiser visitar o interior
do complexo e, mais um, caso queira conhecer a Spanische Reitschule,
escola de equitação espanhola fundada em 1572 que faz exibições no
local.
Saindo de Viena em direção a Eslováquia
passamos por este bloco de apartamentos criado em 1985 por Friedensreich
Hundertwasser. É um edifício com vários estilos: mouriscos, venezianos e
espanhóis que são habitados, por isso a visita é somente ao seu
exterior.
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